quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A influência da ópera na música do Queen




Originalmente publicada em setembro de 2012 no TOM NETO.COM.



Na ocasião, a colaboração entre Freddie Mercury e a soprano catalã Montserrat Caballé [saiba mais aqui] não foi exatamente uma surpresa para os fãs do Queen. Ao longo de sua discografia, o quarteto inglês flertou várias vezes com elementos de ópera. Vejamos alguns exemplos.




Em seus quase sete minutos (!) de duração, a épica “Innuendo”, faixa-título do último álbum do Queen lançado em vida por Freddie Mercury, em 1991, é pura ambição. Além da letra de rara sensibilidade, o (inusitado) arranjo, tal qual uma peça sinfônica, apresenta vários “movimentos”: rock, música flamenca e um trecho com intrincados vocais com clara influência operística. Devido ao estado de saúde do vocalista, a banda aparece no vídeo através de imagens de outros clipes — em especial, da excelente “Breakthru” —, submetidas a efeitos de computação gráfica





A introdução de “It's a Hard Life”, de The Works [1984], cita a ópera Pagliacci* — mais precisamente, a ária “Vesti La Giubba” —, do italiano Ruggero Leoncavallo. Embora não tenha obtido o mesmo destaque de outras faixas do mesmo álbum, como “Radio Ga Ga” e “I Want To Break Free”, trata-se, sem dúvida, de uma das mais belas canções do Queen — a letra é simplesmente magnífica —, a despeito de toda a afetação de Freddie Mercury no vídeo. Por sinal, a julgar pela indumentária dos integrantes da banda, a ação do clipe se passa no tempo de Luís XV:


* Curiosamente, os Titãs citaram a mesma ópera na faixa “Ridi Pagliaccio”, do CD Domingo, de 1995 (“Ridi Pagliaccio / ridi di che? / Ridi Pagliaccio / Ridi di me”).






Naturalmente, não poderíamos esquecer da clássica “Bohemian Rhapsody” — faixa do álbum sintomaticamente intitulado... A Night At The Opera [1975] —, que permanece impactante até os dias atuais. E que dispensa comentários:


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