sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Elton John: recordar é viver

CD Rocket Man - The Definitive Hits (Universal)
2007


Resenha publicada no jornal
IM - INTERNATIONAL MAGAZINE, edição nº 135 (agosto de 2007).



Comemorando a entrada do astro inglês para o clube dos sexagenários, compilação revisa seus sucessos

Em março último, Elton John completou 60 anos. E, para “comemorar” a data, acaba de ser editada a coletânea Rocket Man - The Definitive Hits (Universal), a segunda em apenas cinco anos - a primeira foi Greatest Hits, de 2002, apresentada em versões dupla e tripla.

A partir do respeitável Made in England, de 1995 (o primeiro trabalho depois de sua reabilitação das drogas), a verdade é que Elton só tem feito discos à altura de sua reputação - mas que, infelizmente, não tem obtido a devida repercussão. Exemplo disso é o fato de o bom CD do ano passado, The Captain and the Kid, (seqüência do conceitual Captain Fantastic and the Brown Dirt Cowboy, de 1975, que trazia o hit “Someone Saved My Life Tonight”) ter passado em brancas nuvens.

Aí é que entram os greatest hits - para que o artista permaneça em evidência - obviamente, capitalize em cima disso - e ninguém esqueça, no caso de Elton, o grande artífice que ele sempre foi. Afinal, não é todo dia que alguém compõe uma “I Guess That's Why They Call it The Blues”.

O problema é que, quase sempre, coletâneas não são perfeitas. No caso dessa: tem “Little Jeannie”, por exemplo? Não. E “I'm Still Standing” ou “The One”? Também não. Mas, puxa, tem, entre outras, “Daniel”, a clássica “Your Song” (é, essa não poderia faltar mesmo), “Goodbye Yellow Brick Road” e a bela “Tiny Dancer”, da trilha do filme Almost Famous.

A edição nacional traz a disco “Don't Go Breaking My Heart” (dueto com a também inglesa Kiki Dee) e “Sad Songs (Say So Much)”, ausentes da versão importada. E, além disso, um mimo todo especial para os fãs brasileiros: a raríssima segunda gravação de “Skyline Pigeon”, que fez grande sucesso por aqui. Originalmente editada no álbum de estréia do cantor, Empty Sky, de 1969, a canção era marcada pela presença de um harpsichord. Quatro anos depois, Elton voltou a gravá-la (dessa vez com um novo arranjo, sem o harpsichord) e lançou a faixa como lado B de um single. E, cá para nós: a segunda versão é bem mais bonita...

Se você, até hoje, não possui nenhuma compilação de Elton (não conte isso para ninguém, OK?), até que Rocket Man - The Definitive Hits vem bem a calhar. Porque uma coisa é certa: existem pouquíssimos autores pop iguais a esse cara.

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