quarta-feira, 23 de julho de 2008

Os Ciclos Imaginários de Sérgio Benchimol


CD
Ciclos Imaginários (independente)
2007

Resenha publicada originalmente no TOM NETO.COM.



Em seu segundo álbum solo, músico reafirma sua opção pelo instrumental

O músico, compositor (e surfista nas horas vagas) Sérgio Benchimol acaba de editar Ciclos Imaginários, que conta com a participação de músicos experientes como Lui Coimbra e Eduardo Morenlenbaum, entre outros. Ciclos surge três anos após a sua primeira empreitada solo, A Drop In The Ocean, Ocean In A Drop, que recebeu críticas positivas na ocasião de seu lançamento.

Fundador da banda de rock progressivo Semente - que, além de um álbum de estúdio, editou também uma dobradinha CD/DVD gravados ao vivo no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro -, Benchimol fundou também o grupo instrumental True Illusion, que chegou a lançar dois álbuns (sendo um ao vivo) e um DVD ainda inédito. O True Illusion, aliás, foi considerado a revelação do ano de 2000 no segmento instrumental.

E Ciclos Imaginários é um trabalho autoral que tem tudo para prosseguir a pavimentação da trajetória de Sérgio, que toca violão em todas as faixas. Majoriariamente instrumental - apenas duas canções, “Depois da Praia” e “Daqui Pr'ali” têm letra -, o álbum é um híbrido de música brasileira e jazz, com oportunas pitadas de progressivo. Destaque para “Oregon Mountains”, “Terral II” e os metais em brasa de “Shadow Valley”.

Gravado no Rio de Janeiro e muito bem-produzido pelo próprio Benchimol com a colaboração de David Ganc, o álbum oferece momentos de deleite para quem aprecia a boa música. E merece ser ouvido.

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