quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Entrevista: Big Gilson*


Entrevista publicada originalmente no jornal IM - INTERNATIONAL MAGAZINE, edição nº 142 (maio de 2008). Disponível também no portal LET'S ROCK.


O homem do blues

Fundador da extinta Big Allanbik - uma das pioneiras bandas de blues do Brasil - Big Gilson possui uma agenda bastante regular de shows no exterior e promove atualmente o seu último álbum, Chrysalis, que conta com a participação do recém-falecido músico inglês The Wolf.

Em entrevista por e-mail ao INTERNATIONAL MAGAZINE, Big Gilson fala com bom humor dos motivos que o levaram a se tornar músico (“O nosso ex-presidente Collor me deu uma ‘força’”), sua participação no projeto do Álbum Branco, dos Beatles, suas maiores influências, e também de projetos futuros. E não esconde a emoção pelas palavras que recebeu de ninguém menos que o mestre B. B. King: “Quando vejo um jovem tocando blues tão bem assim - e tão longe da América -, sinto que minha missão nessa vida está cumprida”.



Gilson, em que momento da sua vida você decidiu “quero ser músico”? E o que - ou quem - levou você a tomar essa decisão?

O nosso ex-presidente Fernando Collor me deu uma “força”. Eu tinha uma loja de móveis e já havia formado a Big Allanbik, quando nosso presidente confiscou nosso dinheiro e a minha loja quebrou. Foi o empurrão que faltava para eu decidir me dedicar integralmente à musica.


Conte-nos sobre o seu encontro com The Wolf e como surgiu a idéia dessa colaboração, o Chrysalis.

Fomos apresentados um ao outro quando de uma das minhas turnês pela Europa, por um DJ Argentino. Desse momento em diante, estabeleceu-se uma grande amizade e afinidade musical. O fruto deste encontro está registrado neste CD.


O que você sentiu ao dividir o palco com uma lenda como B.B. King - e ainda receber elogios dele?

Eu diria que foi um dos momentos máximos da minha carreira, uma emoção incrível. Foi muito difícil segurar a emoção nesse momento.


Quais são as suas maiores influências?

Johnny Winter, Eric Clapton, Buddy Guy, Albert Collins, Freddie King, e mais um monte de negros da antiga.


E atualmente, O que você tem ouvido?

Ian Siegal e Delta Moon.


E os seus próximos projetos? Você já tem algo em mente para o sucessor do Chrysalis?

Sim, já estou gravando um novo álbum, que se chamará Sentenced To Living. Ele será lançado primeiro na Europa e depois por aqui. Assinei com um selo inglês novo, chamado Lightning Fingers. Aliás, essa música que dá título ao CD, é uma parceria minha com o Sérgio Vid. A idéia surgiu quando estávamos trabalhando na homenagem ao Álbum Branco, dos Beatles.


Recentemente, você foi convidado para participar de um projeto sobre o lendário Álbum Branco, dos Beatles. Pode nos falar sobre isso?

É uma tremenda honra participar desse projeto homenageando a mais influente banda de todos os tempos. Eu ouvia Beatles quando ainda não sabia tocar guitarra, então aprender a tocar Beatles agora é uma sensação de redescoberta para mim. Ao meu lado, estará o cantor que é meu amigo Sergio Vid, que foi vocalista do Sangue da Cidade e líder do Vid & Sangue Azul.


E shows?

Acabo de retornar de uma turnê Canadá- EUA. Foi minha primeira vez no Canadá e o sucesso foi incrível, inclusive rendendo convite para retornar em abril de novo para outro tour. Entre essas duas, fora shows pelo Brasil, estarei embarcando quarta feira próxima para um outro tour no Reino Unido.


*Colaborou ELIAS NOGUEIRA

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